quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Fim do Mundo?




           Mais de uma vez o fim do mundo foi anunciado, assim como o fim do marxismo. O anúncio parece até fazer sentido nesse momento com os agravamentos das questões sociais, noticiadas (ou não) pelos aparelhos de comunicação cotidianamente. 

          O imperialismo, como decorrência do desenvolvimento do capitalismo, trouxe algumas mudanças em quantidade, mas o processo já vinha desde o início das grandes navegações. O “andar da carruagem” da História, traz consigo alguns dilemas. Exemplo disso foram as guerras inter-imperialistas no século passado. É muito propagado que Marx já está ultrapassado e que não vale mais a pena ler suas obras. Os que afirmam isso estão dotados de um enorme preconceito e equívocos. É característica do capitalismo mascarar a realidade e nos fazer acreditar que “estamos avançando” e que “o povo agora anda de avião”, trazendo a falsa impressão de que nível de consumo equivale a qualidade de vida.

           O fim está aí, pois nos processos eleitorais, o que é colocado em questão é apenas o campo institucional, sem levar em conta a luta de classes, onde historicamente a espoliação da classe dominante assola a imensa maioria. Não será através da via eleitoral, que haveremos de superar o capitalismo. Quem confunde isso não sabe a diferença entre governo e poder.

          É necessária a construção da organização daqueles que estão à margem, reprimidos e explorados diariamente. Já é hora do povo se organizar, pois caso contrário, sem a construção de um projeto que supere o capitalismo e assegure a sua derrota completa estaremos fadados, inevitavelmente ao fim do mundo.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

SOBRE SÓCRATES





Talvez tal afirmação soe rude, ou pareça insuficiente, mas percebo Sócrates como um marco, um “divisor de águas” na Filosofia. A meu ver, tem um sentido metodológico perceber quem foi Sócrates, seu contributo e o pensar que se dá posterior a ele. Nas situações em que me voltei para estudar a Filosofia e os seus respectivos pensamentos e pensadores, me deparei com as seguintes conceituações: pré-socráticos e pós-socráticos. Somente isso já demonstra um certo respaldo do autor. Além disso, o próprio questionamento sobre a existência de Sócrates, revela o peso e a dimensão que o mesmo tem.
A definição desse filósofo, vai variar de acordo com aquele que escreveu sobre ele, não havendo assim uma homogeneidade nas diversas interpretações, ou melhor dizendo, versões do pensamento de Sócrates. Portanto, a questão dos ensinamentos terem se dado oralmente, nos proporcionou um leque de supostas conceituações assinadas como sendo de Sócrates.
A vida de Sócrates distingue-se também pela diferença de seus escritos feitos quando mais jovem, dos que foram oriundos de sua velhice, relatados por Platão e Xenofonte.  Em resumo, quando trata-se de conceituar na Filosofia, volto a reafirmar que existem perspectivas anteriores e posteriores a Sócrates.
De forma mais consequente que os sofistas, ele fez uma abordagem do homem, avançando no debate e propondo o questionamento sobre a essência do homem, o que ele chamará posteriormente de psyché ou alma. Ele afirma que o homem é a sua alma, ou seja, a sede da racionalidade.
Sócrates prega também o conceito de virtude. Segundo ele, a virtude é a perfeição ou o mais próximo disso, em que o sujeito pode se encontrar. Fazer o bem, se aperfeiçoando naquilo que deve ser feito são característica daqueles que tem virtude. Coloca que a ciência e o conhecimento são os elementos norteadores para essas condutas virtuosas.
Acontece que essa afirmação de Sócrates, que o conhecimento que cada indivíduo tem é o medidor para julgamento de suas condutas, então o mais ignorante é mais isento de algumas responsabilidades, pois esse é possuidor de menos conhecimento. A lógica seria de que “Cobra-se mais de quem sabe mais”. Sócrates submete a vida ao domínio da razão.
Os autores de “História da Filosofia” concluem que a afirmação de Sócrates sobre o conhecimento ser necessário para se fazer o bem, aperfeiçoar a alma, etc é correto, no entanto, é engano quando se coloca como o suficiente. Sócrates afirmou que é impossível aprovar e conhecer o bem, mas não conseguir fazê-lo na sua ação.
Sócrates expõe o seu conceito de liberdade que consiste em que, quanto mais o sujeito domina as suas vontades, instintos, ou seja, controla o seu agir ele é mais livre. O racional se sobressai ao “lado animal” que há no homem.  Então compreende-se por liberdade, a partir dessa perspectiva de Sócrates a aproximação maior com Deus que seria esse ser sem necessidades, sem instintos. A felicidade também veio se conceituando a partir de uma abordagem dele, apesar de pré-socráticos como Heráclito e Demócrito terem falado sobre.
Quanto a questão teológica, Sócrates encarava a figura de Deus como ordenadora. Achava que aquilo que existisse e não fosse simples obra do acaso, mas que tivesse um objetivo careceria de uma inteligência superior que a produzisse. Para Sócrates, Deus era a inteligência. Acrescenta ainda que é possível estabelecer que o divino cuidou do homem de uma  forma muito particular.
Umas das acusações contra Sócrates era a de “introduzir novos diamónia”. O daimonion, era como uma espécie de consciência, no sentido místico da palavra. Essa voz vetaria algumas coisas que você se interessasse de fazer. Outra coisa em relação ao Sócrates é a dia.
O que compreendo de Sócrates é que ele foi uma peça fundamental para a Filosofia e trouxe uma série de contributos e uma série de questões para serem resolvidas pelos seus futuros. Os posteriores a Sócrates são herdeiros de bastante soluções, como também de problemas.
Sócrates, sem dúvida foi um dos grandes pensadores que o planeta  conheceu e que nenhum relato escrito deixou, nascido em Alópece na península da Ática no ano 469 a.C, filho de um escultor, Sofrônico e de uma parteira Fenáreta.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Precisamos de quanto mais???


          Será que o último rio vai precisar ser poluído? Estamos tão longe de derrubar a última árvore? O trabalhador perderá 8 horas diárias de sua vida, até quando? Um fato que tem nos preocupado é que aquilo tudo que se pensava para um futuro catastrófico, acontece de forma quase periódica na atualidade.

          Não há espaço para todos nesse sistema. Mas, há quem diga que gozamos de liberdade para escolher o que é melhor para nós, será mesmo? A vida está em risco. A acumulação individual do que é produzido de forma social, põe ao extremo as desigualdades. Será que nessa avassaladora competição pelo lucro, as relações humanas são valorizadas? Enquanto uns que tem cada vez menos condições de sobrevivência, que com muita dificuldade conseguem manter-se de forma penosa, outros esbanjam da fartura, das regalias, da abundância, frutos da exploração.
          A afirmação “As aparências enganam”, nunca teve tanto sentido para nós. O mundo em que aparenta estar tudo no seu devido lugar caminha para sua autodestruição.  A essência da sociedade continua a mesma, apesar da sua forma aparente causar uma falsa impressão de mudança positiva.
          Os exemplos são os mais diversos de que já chegamos ao esgotamento total, porém insistem em dizer que é preciso dar conservação a essa ordem. Por quê? Vale a pena? A que interesses isso serve? É necessário refletir, no entanto, junto a reflexão deve estar a ação, pois pensar, pensar, pensar, sem agir de nada vale. Se deixarmos o conhecimento capaz de nos libertar das amarras do capitalismo no campo da subjetividade, pereceremos.




domingo, 16 de setembro de 2012

O MUNDO ESTÁ EM MOVIMENTO! VOCÊ VAI FICAR PARADO?



          O mundo movimenta-se de forma constante. O relógio não espera, as atividades diárias nos impedem de ver a gravidade dos problemas e banaliza as relações. Prazos, metas, planos, são as palavras que nos são impostas. Vivemos um momento histórico, onde as depressões psicológicas afligem um grande número de indivíduos. A rotina cansa, a rotina consome, a rotina mata. 
          Sabemos que a sociedade como está é inviável para se viver, porém os projetos alternativos que estão colocados não têm forças para vingar. Aumenta-se celeremente a cifra dos que se renderam, dos que se entregaram, seja a Jesus, ou as drogas, ou ao conformismo. A gana pelo individual, nos distanciou, enfraquecendo-nos ao ponto de nos sentirmos totalmente impotentes.
          Quem pode, pode! Quem não pode, tenta se sacudir! Mas, nem sempre é fácil a tarefa de nadar contra a correnteza. Precisamos de mais nadadores, de mais incomodados e dispostos a romper com o que está aí naturalizado. Não dá pra ficar parado em meio a tantos problemas. Bancar o neutro, o imparcial é assumir um lado, o lado da conservação. Esse lado não é o nosso. Levantemos, lutemos, pois nada é impossível de mudar!
 Todas as mudanças essenciais da sociedade passaram por processos de insurgência e mobilizações. Precisamos agir! Precisamos nos mexer! Precisamos nos Movimentar!

terça-feira, 11 de setembro de 2012


Levantar a bandeira das Cotas Sociais é para mim, colocar a tona um problema gravíssimo da educação. A maioria dos estudantes das escolas públicas, não têm acesso ao ensino superior. Muitos deles, quando pretendem cursar uma faculdade tem que pagar a particular. A realidade dos concorrentes de escolas pública, com os concorrentes de escolas particulares é bem distante. As cotas não resolverão o problema central da educação, porém, garantirão um direito de acesso á Universidade pela camada mais baixa da população.

Ao lado dessa bandeira, está uma bem maior! As lutas do dia-a-dia estão sim, casadas com o projeto de superação do capitalismo!

domingo, 26 de agosto de 2012

E aí?

           As coisas não andam nada bem. Isso todo mundo sabe! O problema é que as pessoas não se questionam como podem mudar a situação. Quem mais sofre com essas desigualdades que batem a porta todos os dias? Somos nós! Então, temos que fazer algo em prol de dias melhores.

          Eu quero o ver meus filhos e netos desfrutando de um mundo saudável, onde haja justiça e amor, porém, na atual conjuntura, o que se espera é o pior, a negação dos direitos no seu mais elevado grau, e a caminhada para o fim da existência. As crises se intensificam, as insatisfações sociais aumentam e o sistema capitalista não tem “pernas” para dar conta dos problemas que ele mesmo criou. Mas, qual é a outra proposta? Onde estão os focos anticapitalistas capazes de assegurar um novo projeto de sociedade, onde inexistam estados policias e a supressão da liberdade? Temos começar já, pois queremos dar fim ao atual quadro de imensa degradação.


          E aí? Vai ficar parado esperando as coisas acontecerem por si só? Ou vai assumir a sua responsabilidade histórica e tratar das questões humanas? Vamos nessa! Vamos juntos! Precisamos nos somar na aspiração de um novo e melhor mundo! Isso é urgente!


terça-feira, 31 de julho de 2012

Título de eleitor



Natan Barbosa

            Vivemos em um estado democrático burguês e, dentro dele, podemos desfrutar de algumas “regalias” como, por exemplo, participar do processo eleitoral. A partir dos 16 anos, se quiser, o sujeito pode emitir o seu título de eleitor e ter direito a votar. Ou seja, pode escolher que chicotes irão lhe açoitar.
Vemos muitos tipos de títulos, e de cabeça podemos nos lembrar de alguns, como os obtidos em concursos de beleza, em disputas esportivas, em consagrações religiosas, em colações acadêmicas, etc. Mas o título de eleitor, o que será que ele representa para as pessoas que o possuem? Que vantagens você consegue obter através desse título? Em que aspecto é positivo esse documento? Já dizia a minha avó: se voto mudasse alguma coisa, seria proibido.
            Particularmente, não sou um dos que mais defendem a bandeira da institucionalidade. Não vejo grandes vitórias com aprovações de leis ou com algumas melhorias paliativas, dentro desse sistema, por mais que eu compreenda o seu grau, de maior ou menor importância. É muito complicado para mim, aceitar e legitimar a desigualdade, as injustiças, os preconceitos, tendo uma visão meramente legal da situação, pois sei que a grande maioria que está nesses espaços, procura frear as reivindicações populares, alegando que as melhorias virão a partir do caminho institucional e desviam as atenções do foco principal. Enquanto isso, eles vão obtendo benesses e polpudas vantagens.
Então o que fazer com o título? Rasgá-lo isoladamente e não dar nenhuma resposta mais efetiva para as questões que estão colocadas? Não! Admito que vivemos em um deserto, escasso de “água boa” para se beber, porém existem pessoas comprometidas com a luta do povo, ainda há aqueles que se posicionam diferente. Ainda permeia em algumas agremiações, uma dedicação e empenho em defender os interesses históricos dos trabalhadores. Talvez, a aposta nesses últimos, seja a única utilidade para esse título. 

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Corrida Eleitoral




         Há pouco, se iniciou a corrida pela disputa da prefeitura de Fortaleza. Partidos e coligações já apontam candidaturas e em torno dessas candidaturas, os debates começam a fervilhar. Iniciam-se as intrigas e as acusações entre os candidatos. Porém, nesse engodo de posições, promessas e distorções, não se esclarece o real papel de um prefeito. Ao povo não é dito que o prefeito que vier a ser eleito, não praticará atos de acordo com sua vontade, não fará uma administração como bem queira. É necessário deixar claro que o prefeito irá cumprir a função de um gerente, portanto não cabe a ele ditar as regras do jogo.

            Precisamos ter claro e muito bem claro, os conceitos de governo e poder. Chegando-se a uma prefeitura, está se chegando ao governo municipal. O poder na sociedade não está na mão dos prefeitos, dos governadores e nem do presidente em exercício. O poder pertence à classe dominante, pertence aos possuidores do capital, pertence aos empresários, aos banqueiros, etc. O poder tem caráter permanente. O poder não será desalojado com a chegada de um novo governo, pelo contrário, quando um governo passa a incomodar os interesses do sistema e não “dança conforme a música” orquestrada pelo capitalismo, esse governo é deposto, seja pela via institucional, que é o método prioritário da burguesia, seja pela força de um golpe de Estado, quando a via institucional é ineficaz.

            Não nos iludamos. A única força capaz de libertar o povo é o próprio povo!


terça-feira, 15 de maio de 2012

Esse dia há de Chegar!

A massa inteira está com uma forte sede de mudar!
Os martelos e as foices nós iremos levantar.

Com gritos que estavam presos na garganta,
Colheremos os frutos dessa planta.


O povo hoje é consciente e esclarecido,
Não há ao menos um que seja excluído!



A velha Constituição já foi desconstituída.
O proletariado não é mais classe oprimida.
Os meios de produção estão em nossas mãos

Não há mais ganância, disputas, ambição.

Nem patrões, nem empregados,

Assim como o pão, o trabalho é socializado.

A bolsa de valores não tem valor de nada.
Heranças e as riquezas estão sendo coletivizadas

O Monstro da desigualdade é já falecido
Pela última vez o seu nome será ouvido!

Capitalismo, aqui jaz...
Em teu epitáfio,

A sociedade respira paz!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Veta Dilma!




      Esse é o apelo recentemente propagado em todos os tipos de mídias. A frase curta dirigida à Presidente da República, Dilma Rousseff, tem por objetivo fazer com que esta última vete as propostas de alteração no Código Florestal. Caso contrário, com a aprovação da Presidente, estaremos fadados ao maior retrocesso na legislação ambiental brasileira.

      A aprovação desse Novo Código acarretará uma extensa redução de área de preservação permanente e incentivará de forma absurda aos desmatamentos. Não é possível que se aprove esse projeto que permitirá que se degrade mais ainda a natureza. A natureza pede socorro e aqueles velhos documentários que assistíamos antigamente, hoje fazem sentido. É urgente que se denuncie a devastação exorbitante da natureza, pondo em questão a nossa própria sobrevivência.

      Uma das questões mais polêmicas do Novo Código é a questão abordada no seu Artigo 16º sobre a existência de “reserva legal”. Reserva na qual é proibida a supressão da vegetação nativa e só é permitida a utilização sob regime de manejo florestal sustentável. Para alguns, como a chamada “bancada ruralista”, a utilização do imóvel rural deveria ser plena e até mesmo de uso irrestrito em nome do “desenvolvimento”, mas a troco de quê? Nossos netos chegarão aos 30 anos, se continuarmos nesse ritmo de “desenvolvimento”?
A nossa vida corre sérios riscos de ser extinta e ninguém percebe isso. É que nem diz a letra da música “Realmente não sei se o que você chama de verde é a mesma cor que eu vejo, alheia a isso, a maioria continua exaltando o luxo e a propriedade privada e esquece que caixão não tem gaveta”.

      Eu grito “Veta Dilma” não que acredite na institucionalidade como a salvação dos povos, mas como um instrumento que deveria está a nosso serviço.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Primeiro de Maio





         Representamos Chicago, representamos luta, representamos resistência. Não é fácil a nossa tarefa, porém, estamos aqui para desmascarar o Capitalismo, causador de tanto mal para os trabalhadores.
         O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.
   A busca pela extração da mais-valia não para, através de baixos salários, mas até mesmo a saúde física e mental dos trabalhadores é comprometida por jornadas que se estendem além das “legais” 8 horas diárias, prática comum nas indústrias, escritórios e comércio.
         Na Constituição de 1988, promulgada no contexto da distensão e redemocratização do Brasil após o golpe contra revolucionário a mando da burguesia, apesar de termos 80% dos tópicos defendendo a propriedade e meros 20% defendendo a vida humana e a felicidade, conseguiu-se uma série de avanços – hoje colocados em questão – como as Férias Remuneradas, o 13º salário, multa de 40% por rompimento de contrato de trabalho, Licença Maternidade, previsão de um salário mínimo capaz de suprir todas as necessidades existenciais, de saúde e lazer das famílias de trabalhadores, etc.
         A luta atual, como a luta de sempre, por parte dos trabalhadores, é obter a liberdade. É necessário romper com essas amarras e propor uma nova ordem.





segunda-feira, 23 de abril de 2012

Eles só “dão”, para não precisarem dar...



Muita gente conhece o famoso ditado: “Mais vale perder os anéis, do que um dos dedos”. Esse velho ensinamento nos mostra de forma didática e simples, uma tática madura e bem avançada. Em muitas ocasiões é necessário usar de tal método, pois quando é certo que iremos perder algo, tratamos logo de pensar em como perder o mínimo possível.
Por exemplo, suponhamos que um estudante está caminhando até sua escola. Durante o percurso, ele se depara com um assaltante que aponta uma arma de fogo para a sua cabeça e impõe que ele lhe entregue todos os seus pertences imediatamente. O que poderá o estudante fazer? O mais lógico seria fazer o que o assaltante “pede”, pois caso contrário, ele poderá vir a puxar o gatilho da arma, assassinando assim a vítima do assalto. Se o estudante tomar essa medida, lógico, perderá de alguma forma (carteira, celular, dinheiro, etc). No entanto, ele resguardou um bem muito mais valioso, a sua vida.
         Temos diversos exemplos dessa mesma natureza, onde se escolhe “DAR” o mínimo para que se preserve algo de maior relevância.
         Fala-se bastante sobre o Prouni (Programa Universidade para Todos) e sobre o Fies (Financiamento de Estudantes do Ensino Superior) como coisas cruciais para os cidadãos, “dadas” pelo governo. Primeiro, precisamos ter claro que nada é dado pelo governo, nada é de graça. O dinheiro gasto pelo governo vem do trabalhador, recolhido desde os impostos formais e anuais, aos impostos que estão contidos nas mercadorias que são compradas todos os dias por nós. O dinheiro faz apenas um curto passeio na carteira do proletariado por volta do dia trinta de cada mês. Portanto, a bem da verdade, devemos saber: Os governantes não nos dão nada de bom. Segundo, esses mecanismos “dados” ao povo, só servem de manobra política, evitando a cobrança por mais vagas nas Universidades Federais e Estaduais. Como eles não conseguem atender as demandas da população, pois não é de seu interesse atender a essas, enganam o povo dizendo que agora existem mais possibilidades de ingressar nas Universidades, sem falar da grande farsa que é o Enem. O que precisamos entender é que eles usam esses subterfúgios para não “DAR” resposta real ao problema. Ou seja, eles dão para não dar.
         Quando se fala em aumento salarial, o ditado prevalece coeso e os Capitalistas o conhecem muito bem. Eles dão apenas míseras migalhas, aumentos mínimos e desrespeitosos com os profissionais. Dão apenas o necessário para conter as insatisfações mais intensas e as greves ostensivas. No congresso, são votadas propostas onde uma parte defende a bandeira 6 e a outra parte reivindica meia dúzia. Na essência, nenhuma delas é agradável para a grande massa. O salário mínimo, chama-se assim, não por seu valor ser o mínimo necessário para atender as necessidades básicas e o bem estar social. Ele é chamado de salário mínimo, por que é, na prática, a menor quantia dentro da legalidade burguesa que o grande patrão pode oferecer ao trabalhador. Tenha a certeza absoluta de que na lógica capitalista, da busca incessante pelo lucro, se eles pudessem “dar” menos, dariam. Ou seja, os aumentos salariais, não são um presente. Eles só dão, para não dar.
        
                                      Natanael Barbosa

quinta-feira, 29 de março de 2012




         Já chega! Primeiro, fui escravo. Posteriormente servo. Agora sou operário, proletário, trabalhador, oprimido, etc. A história e a luta de classes me mostrou de que lado devo estar nessa sociedade. Querem nos chamar de colaboradores? Não colaboramos simplesmente. Somos a base de toda a sua economia e do seu lucro, suas grandes conquistas e seus avanços devem-se a nós. Estamos em greve! Cansamos de sofrer. Não adianta reformas mínimas. Precisamos PARAR TOTAL!
         Uma fábrica tem 1.000 funcionários e 1 Patrão. Se tirarmos o patrão de lá, ainda será viável o funcionamento dessa fábrica com os 1.000 funcionários que lá trabalham. Mas, se fizermos o contrário, se retirarmos 1.000 funcionários e deixarmos apenas o patrão, a fábrica terá sucesso? Então, quem é mais importante, patrão ou empregado?
         O salário que é pago ao funcionário todos os meses, não é nem de perto o que ele produz realmente. O mísero salário que pagam aos trabalhadores às vezes nem dar conta das necessidades básicas para a sua sobrevivência. Precisamos chamar atenção para isso. Somente com os explorados unidos venceremos!
         No mundo inteiro o povo deve estar lutando. O proletariado do mundo inteiro tem que se unir contra o seu inimigo maior. Não dá mais para se contentar e ficar recebendo migalhas, isso quando não é criminalizado por reivindicar o que é seu. A massa trabalhadora é quem dá sustento a essa pirâmide. O povo é a maioria e tem força para mudar a vigente situação, porém, necessita de clareza quanto a sua posição na sociedade. A História mostra qual é o nosso papel e nós devemos assumí-lo.
         A classe dominante, a burguesia, sabe muito bem do que o povo é capaz. Ela é esperta e faz “de um tudo” para perpetuar a desigualdade social. Para os burgueses milionários, não importa se você teve que trabalhar 10 ou 12 horas intensas ou se o trabalho é insalubre, o que interessa é a produção e o lucro que irão obter no final.
         Enquanto houver classes sociais, onde uma exerce um poder de dominação sobre a outra através do Estado, a saída do povo é ir às ruas, é marchar, é protestar, é fazer greves e lutar contra a opressão. Os interesses coletivos devem ser colocados acima dos interesses individuais.

quinta-feira, 15 de março de 2012

ÁGUAS DE MARÇO

            Quem não conhece o trecho da letra de Tom Jobim onde diz: São as águas de março fechando o verão? Há quanto tempo se fala em alagamentos e inundações? Pelo menos seis pessoas morreram em três desabamentos no município do Rio de Janeiro e em Niterói em março de 2010. Todos esqueceram, da forte chuva durante a noite de março em 2011 que alagou casas na Vila Virgínia e no Jardim Marchesi e causar interdição de ruas e de parte da avenida Francisco Junqueira, em Ribeirão Preto? A Funceme já registrou chuvas em vários municípios. Em meio a esta situação caótica, há alguém fazendo algum tipo de denúncia? E se fazem, ultrapassam os limites de interesses eleitorais?

            Todos os anos, vem a tona esse problema das chuvas, às vezes mais, às vezes menos, porém, sempre causando danos a sociedade. Será que para esse problema não existe solução? Ou será que não se pretendem dar solução ao problema? Pegando gancho nesse último questionamento nos reportamos ao tema da fome. A fome já não poderia ter sido devastada de todo o planeta? Com todos esses avanços tecnológicos, continua tendo pessoas passando fome?

            Existem interesses que estão acima da dignidade humana. Existem interesses de se manter a desigualdade, continuando a alimentar ilusões nas massas. É utópico pensar em justiça, paz, liberdade, segurança, respeito com as pessoas e com a natureza dentro dos limites do Capitalismo. Devemos a cada dia travar as nossas lutas específicas e não medir esforços para conquistar melhorias, porém sem se esquecer da causa maior. Precisamos unir forças, pois clamamos os interesses da maioria, o povo. Não devemos nos contentar com migalhas que nos dão e deixar um grupo seleto em uma cúpula decidir as nossas vidas!          

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Let’s Go!

Foi dada a largada. Mas, na chegada já existe um campeão. A rua da corrida não era asfaltada. E eu não possuía uma Ferrari, nem Lamborghini, apenas um velho carro de mão. Mesmo assim, fomos firmes na disputa, eu e os meus companheiros de luta. Obviamente, os outros ganharam. Deixaram-nos para trás em um mar de ilusão. Quiseram nos contentar com uma “bolsa”, como prêmio de consolação. Eu operário, sou obrigado a produzir dez. Quando chega o fim do mês, recebo apenas três. Quem ficou com os outros sete? Claro que foi o burguês! É assim que faz toda a burguesia. Lucraram as minhas custas, roubaram o que eu mais valia.
            Se escrevo, me censuram. Se pergunto, não me respondem. Se grito, se quebro, se berro, sou preso. Sou acusado de atentado à “ordem”. A ordem do sistema, a ordem capitalista, a ordem do patrão, a ordem dos que possuem o dinheiro. Não quero manter essa ordem! Não vou obedecer a essa ordem injusta e desigual, que deixa a maioria nas últimas posições, enquanto apenas alguns usufruem de todos os privilégios. Os donos do jogo ficam com todas as medalhas e o troféu.
            A cada dois anos nós votamos, mas de que isso vale? Que democracia é essa? Novos governantes fazendo uma velha política. Muda-se o motorista, mas o velho carro continua o mesmo. E esse carro está nos levando para o abismo, porém poucos percebem. Cairemos inevitavelmente nesse abismo, caso não façamos nada.
            Precisamos voar! Devemos voar para uma nova sociedade que nos tire desta situação. Deixar para trás o velho carro e bater asas em direção a um novo mundo, onde possa existir a justiça e a paz. Não quero esperar morrer para chegar ao paraíso. É possível construir um mundo igualitário, basta que comecemos já. Vamos lá?





Por Natanael Barbosa e Gabriel Peixe -  Natan e o Pensante!

domingo, 22 de janeiro de 2012

MUDAR!

Mudamos todos os dias mesmo que não nos percebamos. Sabe porque não entramos no mesmo rio duas vezes? É por que quando você entra no rio novamente, tanto você quanto o rio ja mudaram. 


Estamos sempre em uma metamorfose, por mais que não admitamos. Mudar é bom, não importa se para melhor ou para pior. Não existe nem certo, nem errado. Depende do ponto de vista. "Cada um lê de uma forma o mesmo ponto de interrogação". Quem diz o que é melhor e o que é pior para você? Acredito que o pior de tudo é ficar estagnado. Ficar parado no tempo como quem já partiu ou morreu? Jamais! "Se hoje eu sou estrela, amanhã já se apagou"


Um professor de Química me disse uma vez que a mudança é um processo lento e doloroso. Não concordo plenamente com ele. A mudança é algo muito particular. Sei que não é fácil. Se vai ser mais lento ou mais rápido, isso depende de cada um. Não existe uma regra geral que sirva para todos. Logo esse professor que entendia tão bem que "na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".


A mudança é algo muito valioso! Adoro rever fotos antigas e velhas anotações. Gosto mais ainda, de conversar com pessoas com quem eu não falo a bastante tempo. Percebo suas mudanças, suas novas ideias e suas novas rotinas. As vezes, vejo o "novo" futuro repetir o "velho" passado. As vezes vejo museus de grandes novidades. Isso não é bom!
O que me motiva, são aqueles que assim como eu, tem o sentimento de mudança consigo. Mudar principalmente aquilo que não nos agrada, aquilo que está mais que esgotado, mudar aquilo que não faz mais bem as pessoas. Troca, muda, substitui, melhora, progride, faz e depois desfaz. Só não deixe de fazer. Me arrependo muito mais daquilo que não fiz. Me arrependo amargamente daquilo que deixei para trás sem resolver. Mas, não deixo isso me desanimar. Mudar é sempre necessário. Mudar é fundamental...


"Muda que quando a gente muda, o mundo muda com a gente"; "Seja a mudança que você quer para o mundo"; "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opnião formada sobre tudo".


Mudar é preciso, não fique aí a toa! MUDA!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Inversão inadmissível!

Algo que é sempre motivo de muitas discussões é a questão do que é público e do que é privado. Algumas definições de público nos dizem: “Aquilo que seja de uso comum e posse coletiva”; “Que pode ser utilizado por todos”; “Que se refere ao povo em geral”. Sendo assim, entendo que o que é público, é do povo. O que é público é das massas e é também daqueles que tiverem interesse e necessidade de usufruir desse “espaço público”.

Então, poderíamos chamar as Universidades Federais e Estaduais de Universidades Públicas? Todos os que necessitam, tem acesso a elas? Quem ocupa as cadeiras das “Universidades Públicas” é a grande maioria? Entendo que não!


A universidade pública diferentemente dos hospitais públicos, das escolas públicas, das creches públicas e da segurança pública, é procurada pela sociedade de modo geral, tanto pela classe rica, como pela classe pobre. Dentro da Universidade, as precariedades existentes são bem menores que nos outros espaços públicos citados anteriormente.


Eis o dilema! O pré-vestibulando que pertence à classe mais elevada e, que sempre teve educação fundamental e média privada, plano de saúde privado impecável, transporte particular de seus pais, almeja ingressar na universidade pública, concorrendo “democraticamente” com o pré-vestibulando pobre que pegou ônibus lotado a vida toda para ir até a escola pública e que por muitas vezes saiu de casa sem tomar café da manhã devido as suas condições, que perdeu muitos dias de aula de uma educação defasada por estar doente e sem atendimento, pois o posto de saúde não tem mais vaga para ele. Aos dois é entregue a mesma prova. O contraste da bagagem intelectual e física desses dois é demasiadamente notável e quem sairá melhor já sabemos.

É nesse momento que surge uma inversão inadmissível. Aquele que teve sempre a educação pública ruim vai ter que pagar uma faculdade privada se quiser fazer algum curso superior. Esse vai ter que trabalhar o dia todo e ir às aulas pela noite. Enquanto o outro que tem as condições objetivas, fica com a vaga. Quem passou a vida toda cheio de limitações por depender do que era público, tem que recorrer ao privado para não ficar parado no tempo e ser menos esmagado por outros setores de nossa sociedade.

Essas são as contradições em que vivemos. Essas coisas sem sentido lógico é que mantém as desigualdades. E o ditado todo mundo já conhece: “O de cima sempre sobre e o de baixo cada vez mais desce”.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A ONDA DE 2012 CHEGOU!

Parece que a previsão do calendário Maia estava correta. Não ao pé da letra como muitos imaginavam, mas a onda deste ano que acaba de começar é a onda de VIOLÊNCIA. 

Não há policiais nas ruas, não há bombeiros e nem o exército que foi solicitado à Segurança Nacional está dando conta de tantos arrastões. A greve dos policiais que muitos pensam ser a causa, é apenas mais uma consequencia do nosso Sistema Socioeconômico. No Capitalismo sempre irá haver essas crises, insatisfações e revoltas.

Os governantes por melhor que sejam não darão conta das demandas existentes, já que não se trata de um bom gerenciamento. Porém, há aqueles que conseguem transformar o “RUIM” em “MUITO PIOR”. Esse o caso do Governador do estado do Ceará. A população elegeu esse péssimo senhor, um homem sem caráter e medíocre.

É revoltante a atitude dessa gestão. Onde está a massa de trabalhadores? Só conseguiremos algo, se estivermos juntos. Todas as categorias têm que aderir. A dona de casa, o mecânico, o músico, o poeta, o gari, todos nós!

Não dá para ficar vendo tudo isso de braços cruzados. Peço-lhes:

“Companheiros nos juntemos para reivindicar os nossos direitos. Somente organizados é que venceremos”