segunda-feira, 30 de abril de 2012

Primeiro de Maio





         Representamos Chicago, representamos luta, representamos resistência. Não é fácil a nossa tarefa, porém, estamos aqui para desmascarar o Capitalismo, causador de tanto mal para os trabalhadores.
         O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.
   A busca pela extração da mais-valia não para, através de baixos salários, mas até mesmo a saúde física e mental dos trabalhadores é comprometida por jornadas que se estendem além das “legais” 8 horas diárias, prática comum nas indústrias, escritórios e comércio.
         Na Constituição de 1988, promulgada no contexto da distensão e redemocratização do Brasil após o golpe contra revolucionário a mando da burguesia, apesar de termos 80% dos tópicos defendendo a propriedade e meros 20% defendendo a vida humana e a felicidade, conseguiu-se uma série de avanços – hoje colocados em questão – como as Férias Remuneradas, o 13º salário, multa de 40% por rompimento de contrato de trabalho, Licença Maternidade, previsão de um salário mínimo capaz de suprir todas as necessidades existenciais, de saúde e lazer das famílias de trabalhadores, etc.
         A luta atual, como a luta de sempre, por parte dos trabalhadores, é obter a liberdade. É necessário romper com essas amarras e propor uma nova ordem.





segunda-feira, 23 de abril de 2012

Eles só “dão”, para não precisarem dar...



Muita gente conhece o famoso ditado: “Mais vale perder os anéis, do que um dos dedos”. Esse velho ensinamento nos mostra de forma didática e simples, uma tática madura e bem avançada. Em muitas ocasiões é necessário usar de tal método, pois quando é certo que iremos perder algo, tratamos logo de pensar em como perder o mínimo possível.
Por exemplo, suponhamos que um estudante está caminhando até sua escola. Durante o percurso, ele se depara com um assaltante que aponta uma arma de fogo para a sua cabeça e impõe que ele lhe entregue todos os seus pertences imediatamente. O que poderá o estudante fazer? O mais lógico seria fazer o que o assaltante “pede”, pois caso contrário, ele poderá vir a puxar o gatilho da arma, assassinando assim a vítima do assalto. Se o estudante tomar essa medida, lógico, perderá de alguma forma (carteira, celular, dinheiro, etc). No entanto, ele resguardou um bem muito mais valioso, a sua vida.
         Temos diversos exemplos dessa mesma natureza, onde se escolhe “DAR” o mínimo para que se preserve algo de maior relevância.
         Fala-se bastante sobre o Prouni (Programa Universidade para Todos) e sobre o Fies (Financiamento de Estudantes do Ensino Superior) como coisas cruciais para os cidadãos, “dadas” pelo governo. Primeiro, precisamos ter claro que nada é dado pelo governo, nada é de graça. O dinheiro gasto pelo governo vem do trabalhador, recolhido desde os impostos formais e anuais, aos impostos que estão contidos nas mercadorias que são compradas todos os dias por nós. O dinheiro faz apenas um curto passeio na carteira do proletariado por volta do dia trinta de cada mês. Portanto, a bem da verdade, devemos saber: Os governantes não nos dão nada de bom. Segundo, esses mecanismos “dados” ao povo, só servem de manobra política, evitando a cobrança por mais vagas nas Universidades Federais e Estaduais. Como eles não conseguem atender as demandas da população, pois não é de seu interesse atender a essas, enganam o povo dizendo que agora existem mais possibilidades de ingressar nas Universidades, sem falar da grande farsa que é o Enem. O que precisamos entender é que eles usam esses subterfúgios para não “DAR” resposta real ao problema. Ou seja, eles dão para não dar.
         Quando se fala em aumento salarial, o ditado prevalece coeso e os Capitalistas o conhecem muito bem. Eles dão apenas míseras migalhas, aumentos mínimos e desrespeitosos com os profissionais. Dão apenas o necessário para conter as insatisfações mais intensas e as greves ostensivas. No congresso, são votadas propostas onde uma parte defende a bandeira 6 e a outra parte reivindica meia dúzia. Na essência, nenhuma delas é agradável para a grande massa. O salário mínimo, chama-se assim, não por seu valor ser o mínimo necessário para atender as necessidades básicas e o bem estar social. Ele é chamado de salário mínimo, por que é, na prática, a menor quantia dentro da legalidade burguesa que o grande patrão pode oferecer ao trabalhador. Tenha a certeza absoluta de que na lógica capitalista, da busca incessante pelo lucro, se eles pudessem “dar” menos, dariam. Ou seja, os aumentos salariais, não são um presente. Eles só dão, para não dar.
        
                                      Natanael Barbosa

terça-feira, 3 de abril de 2012