Há pouco, se iniciou a corrida pela
disputa da prefeitura de Fortaleza. Partidos e coligações já apontam candidaturas
e em torno dessas candidaturas, os debates começam a fervilhar. Iniciam-se as
intrigas e as acusações entre os candidatos. Porém, nesse engodo de posições,
promessas e distorções, não se esclarece o real papel de um prefeito. Ao povo
não é dito que o prefeito que vier a ser eleito, não praticará atos de acordo
com sua vontade, não fará uma administração como bem queira. É necessário
deixar claro que o prefeito irá cumprir a função de um gerente, portanto não
cabe a ele ditar as regras do jogo.
Precisamos
ter claro e muito bem claro, os conceitos de governo e poder. Chegando-se a uma
prefeitura, está se chegando ao governo municipal. O poder na sociedade não
está na mão dos prefeitos, dos governadores e nem do presidente em exercício. O
poder pertence à classe dominante, pertence aos possuidores do capital,
pertence aos empresários, aos banqueiros, etc. O poder tem caráter permanente.
O poder não será desalojado com a chegada de um novo governo, pelo contrário,
quando um governo passa a incomodar os interesses do sistema e não “dança conforme a música” orquestrada
pelo capitalismo, esse governo é deposto, seja pela via institucional, que é o
método prioritário da burguesia, seja pela força de um golpe de Estado, quando
a via institucional é ineficaz.
Não nos iludamos. A
única força capaz de libertar o povo é o próprio povo!